Além de serem oriundos de bactérias recolhidas do solo, esses antibióticos possuem também um mecanismo que os torna particularmente resistente a tal resistência. Isso é uma ótima notícia para as ocorrências recentes de superbactérias que se tornaram resistentes aos antibióticos atuais e estão causando uma crise na saúde pública.
E, além de isso tudo, o mais importante foi como os cientistas encontraram essa nova classe. Ao contrário de cultivar bactérias em experimentos, como foi feito desde o início das descobertas do século XX, eles mudaram o foco.
Segundo os pesquisadores, as bactérias “não cultivadas” compõem cerca de 99% de todas as espécies em ambientes externos e são uma fonte inesgotável de novos antibióticos. “Desenvolvemos vários métodos para desenvolver organismos pelo cultivo in situ ou usando fatores de crescimento específicos”, diz o comunicado do estudo.
E os resultados foram excelentes, pois quaisquer alterações de Staphylococcus aureus ou Mycobacterium tuberculosis não demonstraram resistência ao teixobactin. Dessa forma, as propriedades deste composto sugerem um caminho para o desenvolvimento de antibióticos que são suscetíveis a evitar o desenvolvimento de resistência.
Apesar dos bons resultados, o teixobactin ainda terá de ser testado em seres humanos para apresentar a segurança e eficácia esperada. E isso ainda pode levar bastante tempo para que ele esteja finalmente disponível.
Cientistas descobrem uma nova classe de antibióticos