Inspiração recorrente nas mais diversas produções cinematográficas, o
“fim dos dias” é um assunto que fascina e atrai a atenção de muita
gente. Aqui mesmo no Mega Curioso você já teve a oportunidade de ler
sobre o
Armagedom e o Apocalipse.
Existem religiões que não creem que isso vá acontecer, porém outras
levam em seus ensinamentos os conceitos de como serão os eventos de
quando tudo acabar.
Nas religiões que acreditam no fim (além de crenças antigas),
obviamente, apresenta-se que os eventos virão de um jeito nada
agradável. Geralmente, citam que o mundo vai ser aniquilado em forma de
guerra, dor, morte, doenças e destruição total, causadas pelo
apocalipse.
Alguns preveem os eventos de destruição como antecessores de um
recomeço do mundo, uma nova chance para os mortais. Logo abaixo você vai
conferir como são alguns cenários religiosos para o fim dos dias que o
pessoal do
iO9 selecionou e mostraremos agora para vocês:
1 – Frashokereti
Pouca gente conhece, mas existe uma religião chamada Zoroatrismo,
também conhecida como masdeísmo, que é monoteísta. Ela foi fundada na
antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, a quem os gregos chamavam de
Zoroastro. De acordo com historiadores, alguns de seus fundamentos
influenciaram o judaísmo, o cristianismo e até o islamismo.
Dona da descrição do mais antigo apocalipse da História, o fim dos
dias apresentado por Zoroastro (que foi nomeado como Frashokereti) diz
que o mundo vai passar vários milênios ficando cada vez pior. Até aí,
pode até ter algumas coincidências com os dias atuais.
A doutrina diz ainda que o sol ficaria “manchado”, plantações se
recusariam a crescer, só homens maus acumulariam riquezas e tudo seria
seguido por uma imensa nuvem escura que cobriria o mundo, fazendo chover
criaturas maléficas.
Como se isso já não fosse o suficiente, o Zoroastrismo propôs ainda
que um cometa chamado Gochihr vai colidir com o planeta e, basicamente,
vai criar um rio gigante de lava que todo mundo terá de percorrer. No
entanto, os crentes na religião não vão sentir nada, mas as pessoas más e
pecadoras vão derreter em agonia. Porém, quem sobreviver passará a ser
imortal e todo o planeta falará a mesma língua e viverá em harmonia.
2 – Kali Yuga
De acordo com as escrituras hindus, o Kali Yuga é o período final de
um ciclo de quatro etapas que o mundo atravessa, e estamos vivendo nessa
fase agora. Segundo as escrituras, como o Mahabharata e o Bhagavata
Purana, o Kali Yuga consiste em uma era de crescente degradação humana,
cultural, moral, social, ambiental e espiritual.
Essa fase é simbolicamente referida como Idade das Trevas, pois marca um grande afastamento das pessoas em relação a Deus.
Entre as profecias descritas no Purana de Vishnu (o deus responsável
pelo Universo), cita-se que a riqueza será considerada a única medida de
força, governantes matarão mulheres e crianças e bárbaros serão
encarregados de espalhar pragas, fome, doenças, mentiras, falsas
religiões e grandes secas (está percebendo algumas coincidências aqui
também?).
E no final todo mundo morre. Mas, quando isso acontecer, o ciclo pode
começar de novo com o período chamado Satya Yuga, a Era de Ouro, quando
a Terra será habitada apenas pelos justos e as pessoas viverão por 10
mil anos.
3 – Os Sete Sóis
A Teravada é a mais antiga escola budista, que foi fundada na Índia e
por muitos séculos foi a religião predominante na maioria dos países
continentais do sudeste asiático. Nela, Buda deu ao seu povo o Sermão
dos Sete Sóis. Você já pode imaginar que ele consistia no fim do mundo,
não é?
Sim, mais seis sóis iriam aparecer, destruindo com o calor rios,
lagos e oceanos, cozinhando a Terra. Um deles viria ainda como uma bola
de fogo, aniquilando tudo o que poderia ter se salvado do derretimento
geral.
4 – Ragnarok
A mitologia nórdica é bastante rica, inspirando até hoje filmes sobre
os deuses Thor, Odin e Loki. O fim dos tempos descrito por ela é
chamado de Ragnarok, “O Crepúsculo dos Deuses”, que é uma série de
eventos apocalípticos que definirão o fim do mundo. Nele, os gigantes do
gelo e fogo se unem para lutar contra os deuses em uma batalha final
que acabará por destruir o planeta, que ficará todo submerso em água.
Segundo a lenda, depois de tudo isso, o mundo vai ressurgir, sendo
que os deuses sobreviventes retornam e se reúnem. O mundo será repovoado
por dois sobreviventes humanos. O Ragnarok começa com um inverno de
três longos anos que leva a uma batalha final sobre o campo de Vígríðr.
De acordo com a história, Odin, que já havia tentado impedir o
Ragnarok de ocorrer, levou os deuses. Eles foram auxiliados pelos mortos
heróicos que tinham falecido em batalhas gloriosas e tinham sido
levados para morar em Valhalla para aguardar a luta final. Já os
gigantes de gelo foram conduzidos pelo deus do fogo Loki e auxiliados
por mortos indignos e outros monstros.
Odin é morto pelo lobo gigante Fenrir, mas é vingado por seu filho.
Thor mata a grande serpente Jormungandr, mas morre logo em seguida, e o
demônio Surtur destrói todos os nove reinos em chamas e praticamente
todo mundo morre em todos os lugares.
Dois seres humanos, Lif e Lifthrasir, se escondem em uma árvore
sagrada chamada Yggdrasil durante a batalha e não retornam até o final.
Quando saem, eles repovoaram a Terra. Outros sobreviventes de Ragnarok
incluem alguns dos deuses, como Honir (irmão de Odin), Vidar e Vali
(filhos de Odin) e Modi e Magni (filhos de Thor). Um dos filhos de Odin,
Balder, foi revivido dos mortos após a batalha.
5 – A estrela azul Kachina
Na mitologia Hopi, a Kachina ou
Saquasohuh é um espírito que
vai mostrar a vinda do início do novo mundo, aparecendo sob a forma de
uma estrela azul. A estrela azul é descrita como o nono e último sinal
antes do "Dia da Purificação", descrito como uma catástrofe mundial em
que tudo será destruído, mas que vai levar à purificação do planeta
Terra.
Esse sinal é apresentado como: "Você vai ouvir falar de uma morada no
céu, acima da terra, que cairá com um grande estrondo. Ela aparecerá
como uma estrela azul. Logo depois, as cerimônias do meu povo cessarão".
A guerra do fim do mundo também é descrita como "um conflito espiritual
com assuntos materiais”.
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